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As diferenças entre o Julgamento e a Análise Pura , para harmonizar a convivência em nossas vidas

Atualizado: 14 de set. de 2023

Antes mesmo de iniciar qualquer tipo de reflexão sobre o assunto , seria interessante se pudéssemos ouvir com mais atenção e analisar sem julgamentos , aos assuntos que ouvimos em nosso dia-a-dia. Na padaria, em restaurantes, no trabalho e lugares aleatórios.


Podemos afirmar com certeza, que mais de 90% dos assuntos ali abordados, serão a respeito de pessoas que não estão presentes ou de fatos que se sucederam nos últimos dias. Pode soar como algo normal , no entanto , essas conversas muitas vezes vem carregadas de julgamentos sobre acontecimentos dos quais apenas acreditamos conhecer a fundo, e isso não é uma verdade e muito menos saudável para nós.


Devemos ter muita cautela ao levantar questões das quais não temos distinção , ou seja , não existe clareza total dos fatos. Logo , é nítido que estabelecer consensos sob algo que nem ao menos experienciamos por conta própria , é pura ilusão. E ainda que fossemos capazes de criar uma análise baseada naquilo que já vivemos, jamais teríamos 100 % à mesma situação, portanto , ainda seria um engano.


Se tivermos a capacidade de observar com plena atenção os pensamentos (filmes que criamos instantaneamente) durante o dia, será possível captar alguns destes julgamentos.


Em contrapartida , existe uma espécie de análise que é essencial a nós humanos, para sabermos aonde pisamos , com quem estamos lidando , para analisar situações , distinguir e fazer a escolha mais adequada para o momento. É este tipo de análise que chamamos de discernimento espiritual. Do contrário , estamos apenas punindo e muitas vezes sentenciando aqueles que não estão presentes, como uma espécie de juiz altamente qualificado . Finalmente , podemos elaborar a seguinte questão:

Como podemos diferenciar o julgamento desnecessário, do discernimento espiritual?

O julgamento vem obrigatoriamente acompanhado de uma ou mais emoções , como a raiva, ódio, rancor, ciúme, angústia e é claro o medo, gerador de todas as emoções . Para alguém mais atento e observador, isso fica mais claro, pois se torna perceptível no olhar, nos traços faciais provenientes de movimentos musculares e principalmente na entonação ou até mesmo na escolha das palavras de quem verbaliza.


Já o discernimento , aparece livre em nossa mente, como uma simples análise de alguma situação, de pessoas ou até mesmo de idéias , permitindo-nos uma escolha mais pura. Claro , que nosso ego é condicionado a realizar julgamentos e inserir emoções , até mesmo de desprezo ou dó , que são em verdade emoções horríveis de se cultivar , pois nos coloca num pedestal , como se nós mesmos fossemos superiores a outrem .


Desta forma fica fácil de concluir que o julgamento não nos leva a lugar algum, senão a um tipo de manifestação física prejudicial . Afinal de contas, a emoção está atrelada ao julgador e não ao “réu”.


Ainda sobre o julgamento, podemos dizer que o mesmo constantemente nos revela :


É certo que quando falamos do outro, em verdade, disfarçadamente falamos de nós mesmos. O disfarce da mente é nada mais do que uma ROTA DE FUGA do ESTADO DE ENFRENTAMENTO de nossos próprios complexos.

Evidente que para enfrentar os próprios traumas, se faz necessário uma busca insistente pela própria evolução como ser humano , e para isto , o AUTOCONHECIMENTO é imprescindível . Com ele atingimos a percepção ativa das debilidades e crenças que nos acorrentam . O discernimento espiritual não serve apenas para analisar situações e fazer escolhas , mas principalmente para analisar a si mesmo .


Em algum momento de nossas vidas , inevitavelmente algumas escolhas serão inadequadas e apesar de ser difícil de admitir , por pior que sejam , nos levarão ao aprendizado . É para isso que estamos aqui, para aprender .


Como dito anteriormente, as impurezas que estão arraigadas em nossa alma devem ser vigiadas , para posteriormente serem eliminadas aos poucos , e então , a partir deste ponto de inflexão, seremos realmente capazes de dirigir nossos pensamentos e ações para o que de fato precisa ser feito, sem a necessidade de julgar e culpar o universo “injusto” que existe ao nosso redor.




Autor : Dr. Alexandre L. Alves ( Veja o currículo do profissional )

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